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Como a FURIA foi campeã da a FISSURE Playground sobre a The Mongolz?

Como a FURIA foi campeã da a FISSURE Playground sobre a The Mongolz?

24 Sep
Andre Guaraldo

A FURIA venceu a The MongolZ na grande final do FISSURE Playground #2, marcando um marco histórico para a organização brasileira ao conquistar seu primeiro título de nível S no Counter-Strike competitivo.

Esta série em Melhor de 5 foi até o último mapa, passando por Mirage, Inferno, Nuke, Overpass e Dust2, oferecendo uma batalha dramática e disputada entre as duas equipes. Este artigo analisa os elementos-chave do sucesso da FURIA, os momentos decisivos que moldaram a série e as atuações de destaque que penderam a balança a seu favor.

Preparando o Palco

O FISSURE Playground #2 foi caracterizado por um campo um pouco mais fraco do que eventos globais típicos, com algumas equipes tradicionalmente dominantes ausentes, deixando o caminho surpreendentemente aberto. A The MongolZ chegou ao torneio como favorita, baseada em suas recentes atuações e talento individual bruto.

No entanto, foi a FURIA que avançou até a grande final com uma campanha inesperada, mas impressionante, culminando em seu triunfo. Ambas as equipes mostraram estratégias sólidas e habilidades individuais, mas o que diferenciou a FURIA foi sua coesão, agressividade pontual e adaptabilidade.

Mirage

A grande final começou em Mirage, onde a The MongolZ inicialmente abriu 4-2 graças a jogadas individuais, como a agressão pelo meio de Senzu e o posicionamento de mzinho, que controlava o palácio quase exclusivamente. Porém, o ímpeto rapidamente mudou de lado devido ao raciocínio rápido da FURIA. O time brasileiro demonstrou superior coordenação para retomar o controle do meio, área crucial de Mirage, o que lhes permitiu ditar o ritmo do jogo.

A chave para a virada foi a capacidade de converter vantagens de posição em rounds, somada à tendência da MongolZ de serem eliminados um a um em vez de atuarem de forma coesa. O jogo calmo e controlado de YEKINDAR no meio, junto às execuções coordenadas da FURIA no pós-plant, mostraram como dominaram o ritmo do mapa. Embora Mirage tenha ido para a prorrogação e não tenha tido tantos destaques como outros mapas, a postura disciplinada da FURIA deu o tom da série.

Inferno

Em Inferno, a FURIA começou dominando do lado TR, abrindo 7-3 até o 11º round. A MongolZ, entretanto, mostrou resiliência, sendo uma equipe excepcional de pistolas, conseguindo voltar mesmo sem manter constância depois dos rounds de abertura. Senzu e Mazinho montaram uma defesa forte no bombsite A, usando utilitários e posicionamento para dificultar os avanços da FURIA. Porém, a defesa brasileira começou a falhar em alguns momentos, especialmente quando Yuri arriscou em Apps e quebrou uma crossfire sólida com FalleN e KSCERATO.

Esse erro abriu espaço para MongolZ explorar ângulos e pegar duelos cruciais. Sua abordagem incluiu tomadas rápidas de varanda curta e execuções por contato lideradas por Mazinho, que mantiveram a pressão sobre a FURIA. Momentos de clutch de Senzu e jogadas precisas viraram o jogo em favor da MongolZ, que garantiu a vitória estreita por 13-11 e empatou a série em 1 a 1.

Nuke

Nuke trouxe alguns dos momentos mais intensos da série. O destaque foi o controle impecável de pátio de YEKINDAR junto a jogadas decisivas. Sua paciência no posicionamento, aliada aos setups padrão da FURIA, neutralizou diversas tentativas da MongolZ de acelerar pelo Lobby ou dominar bombsites.

A MongolZ apostou na precisão de rifle de Mzinho e jogadas agressivas de Senzu para manter rodadas competitivas, mas as rotações inteligentes da FURIA frequentemente anularam essas tentativas. A presença de FalleN foi crucial em momentos decisivos, com usos de utilitários e chamadas firmes que garantiram rounds fundamentais.

O mapa também mostrou a adaptabilidade dos times – a MongolZ alternando execuções e a FURIA respondendo com crossfires sólidos e leitura de jogo que garantiram a vitória no mapa e a liderança da série.

Overpass

Overpass foi o ponto de virada em que a MongolZ retomou o ímpeto com vitória de 13-9, apoiada em atuações individuais e chamadas táticas inteligentes. A MongolZ começou agressiva no pistol CT, com Techno e Senzu coletando informação e abates cedo para barrar o rush da FURIA no bombsite B. Sua rotação rápida para A os colocou em vantagem, e um triple kill de Senzu ditou o ritmo.

Mesmo com alguns rounds criados por Fallen e Yuri através de fakes e flancos, a MongolZ manteve calma, abusou do controle do mapa e fechou a partida, forçando um decisivo quinto mapa.

Dust2

No último mapa, Dust2, prevaleceu a experiência e a frieza da FURIA. A MongolZ venceu pistols e alguns setups preparados, mas a FURIA respondeu com pushes agressivos no CT e rotações rápidas, limitando o controle adversário.

Erros de rotação e posicionamento da MongolZ foram punidos implacavelmente. O domínio da FURIA em posições longas e mid forçou jogadas desesperadas no meio de round da MongolZ, em que a sincronia e firepower brasileira prevaleceram. O fake em um bombsite seguido de plant rápido no outro simbolizou a maturidade tática da equipe.

Nas rodadas finais, brilhos individuais de FalleN e YEKINDAR garantiram multi-kills decisivos e mantiveram a compostura mesmo em situações desfavoráveis, selando o triunfo e o primeiro grande troféu.

Destaques Individuais

O elenco da FURIA, yuurih, KSCERATO, FalleN, molodoy e YEKINDAR, apresentou um equilíbrio perfeito ao longo da série. YEKINDAR se destacou com clutches e controle de meio, enquanto FalleN trouxe liderança calma e entradas decisivas. KSCERATO deu suporte confiável, yuurih criou jogadas em momentos-chave e o jovem Molodoy foi eleito o MVP do torneio, seu primeiro título individual.

Na MongolZ, Senzu incendiou rounds com agressividade, enquanto mzinho brilhou nos duelos. Já 910, Techno4K e Blitz tiveram bons momentos, mas não conseguiram manter consistência.

Pontos-Chave da FURIA

Alguns fatores táticos definiram a vitória da FURIA:

  • Controle Superior de Mapa: Especialmente em Mirage e Nuke, dominando áreas de meio e inibindo execuções adversárias.
  • Uso Eficiente de Utilitários: Molotovs, smokes e flashes bem posicionadas travaram áreas decisivas.
  • Estilo de Jogo Adaptativo: Alterando ritmo e timings de execuções, neutralizando o estilo da MongolZ.
  • Cohesão e Comunicação: Movimentando-se em pares e trios, evitando eliminações isoladas.
  • Execuções em Clutch: Precisão e frieza em rounds apertados, especialmente na prorrogação.

Um Triunfo Histórico

A vitória da FURIA no FISSURE Playground #2 foi fruto de disciplina estratégica, brilhos individuais e resiliência coletiva. Contra uma MongolZ talentosa, a adaptabilidade e sangue frio brasileiro pavimentaram o caminho para o primeiro título de tier S. Mais do que isso, o triunfo consolida a FURIA na cena global e mostra que trabalho em equipe e flexibilidade tática são capazes de superar talento bruto.


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Imagem destacada: Guilherme Veiga/@veiga_dsg no Instagram

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