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Ana Moser: Ministra do Esporte do Brasil diz que eSports não são esportes

Ana Moser: Ministra do Esporte do Brasil diz que eSports não são esportes

Dota 2
19 Jan
Eric Oliveira

O mundo dos jogos é cheio de áreas cinzentas e preconceitos. Recentemente uma dessas controvérsias ganhou as manchetes. A ministra dos esportes do Brasil, Ana Moser, afirmou que não considera eSports como esporte. Apesar de não haver um consenso sobre o assunto, a forma da abordagem do assunto gerou controvérsia.

 

É compreensível que a ministra não seja de uma geração que entenda a proporção do que falou. Imagem: manualdosgames

 

Ana Moser e a visão da ministra sobre eSports

 

Durante uma entrevista para o UOL, a ministra fez a seguinte declaração: "A meu ver, o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte. Então, você se diverte jogando videogame, você se divertiu. "Ah, mas o pessoal treina para fazer". Treina, assim como o artista."

 

Logo depois ela continua: "Eu falei esses dias, assim como a Ivete Sangalo também treina para dar show e ela não é atleta da música. Ela é simplesmente uma artista que trabalha com entretenimento. O jogo eletrônico não é imprevisível. Ele é desenhado por uma programação digital, cibernética. É uma programação, ela é fechada, ela não é aberta, como o esporte."

 

Decerto que eSports possuem suas particularidades, porém, o fato do jogo possuir uma programação não o desclassifica como esporte. Uma opinião sem embasamento como essa certamente afeta negativamente tanto a imagem da ministra como também a imagem do crescente mercado de games no Brasil.

 

 

Se esquivando de possíveis demandas

 

A maioria dos críticos enxergou a declaração da ministra como uma forma de se esquivar de um possível "gasto". O ministério do esporte já é um dos com menor orçamento e a adição de incentivos para eSports complicaria ainda mais a situação.

 

Por outro lado, acredito que a ausência de controle do governo é justamente o que facilita o desenvolvimento dos eSports no Brasil. Certamente é importante fiscalizar e evitar abusos em qualquer esfera de atuação, porém, a menor burocracia tende a favorecer eventos no geral.

 

Vantagem diplomática é o maior ponto positivo

 

Por fim, se formos citar a vantagem do enquadramento de eSports como esportes, seria a facilitação de transporte. A situação de jogadores sendo obrigados a desistir de torneios por problemas com visto é uma constante em eSports.

 

Facilitar a emissão de vistos para jogadores de Dota, LoL, CS e afins seria de grande ajuda e não demanda nenhum comprometimento oficial do ministério.

 

Imagem da Capa: dust2 - Com infomações de: Globo Esporte

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